Toda vez que você se comunica com seu público, você tem a chance de reforçar tudo aquilo que a sua marca é. E essa comunicação se dá através de aspectos verbais e não verbais - tudo aquilo que você comunica sem dizer uma só palavra.
Nesse post queremos falar especialmente à respeito da forma como você, empreendedor, se apresenta. As roupas que você veste, os acessórios e sapatos que você usa, seu cabelo, maquiagem, ou seja, o seu estilo.
Será que tudo isso está alinhado com aquilo que você deseja expressar na sua marca? Porque afinal de contas, quem está na linha de frente da sua marca? Você. Quem é o maior influenciador, que vai divulgar e defender sua marca? Você.
Então são as aspectos que precisam ser trabalhados com intencionalidade sim.
Mas calma, antes de você sair por aí cortando o cabelo e comprando trocentos blazers, eu quero ressaltar uma coisa que nós sempre falamos aqui no Atalho: Branding não é mutreta.
Quando você começa a aderir à padrões e clichês que não tem absolutamente nada com você, uma hora cai tudo por terra. Você não consegue sustentar por muito tempo aquilo que não está alinhado com a sua essência.
Por exemplo: eu - Mari - sou uma pessoa q tem pavor de blaser. Eu usei algumas vezes na minha vida, quando eu trabalhava com eventos, fotografava aniversários e casamentos, mas a peça, em si, não tem nada a ver comigo, com o meu estilo com a minha vibe.
Ia fazer sentido eu aparecer aqui usando um blaser? Acho chiquérrimo, acho lindo, fica belíssimo. Mas tem algo a ver com a Mariana? Não. Tem algo a ver com o Atalho? Também não.
Então qual a necessidade? Nenhuma.
Viram a praticidade dessa resposta?
Haja exatamente assim com a escolha desses aspectos que refletem a sua imagem pessoal. Eu não vou usar blaser porque a maioria das empreendedoras usa, eu não vou usar blaser pra passar determinada imagem. Não seria coerente, eu estaria agindo na mutreta.
Com relação ao cabelo, existe outra problemática.
Eu sempre alisei o cabelo, desde os 14 anos eu fazia progressiva. E quando eu comecei a estruturar o Atalho, eu pensei o seguinte: Se eu quero construir uma marca diferente, uma marca que trabalhe com ideais de liberdade, de autenticidade, uma marca não linear, que não segue padrões, faz sentido eu continuar anulando uma característica única minha, pra me encaixar num padrão? Será que não está na hora de assumir a minha verdade e construir uma marca muito mais verdadeira?
É a coerência que tanto falamos pra vocês, coerência entre falar e fazer.
Não estou dizendo pra você parar de fazer progressiva. De jeito nenhum! Estou falando pra você alinhar o seu chamado interior, com aquilo que a sua marca precisa expressar pro mercado.
Mas no meu caso, como eu estava passando por um momento de virada de chave na minha vida, abandonar a progressiva me trouxe mais liberdade, mais autenticidade, mais verdade pra colocar esse projeto em prática. Então no meu caso, fez total sentido.
E o que a gente vê acontecer por aí?
Pessoas que se deixam influenciar e acabam aderindo à um estilo que não diz nada sobre ela.
Ah porque cabelo curto comunica tal coisa: ok, comunica. A gente sabe que são aspectos mais profundos, e funciona? Funciona, claro que funciona.
Mas a que preço? Você ir na onda de uma tendência? Você anular aquilo que você é? Você seguir um padrão de mercado porque os outros tão agindo da mesma forma?
Então antes de sair cortando o cabelo, pergunte-se: isso tem a ver comigo? Eu vou sustentar essa decisão ou eu vou cortar o cabelo e ir pro banheiro chorar arrependida?
É nisso que eu quero que vocês pensem.
Invistam na comunicacão não verbal, mas sem passar por cima do que você é. Sem passar por cima da sua verdade. Sem seguir tendência de mercado.
Se você quer usar blaser, use blaser.
Se você quer cortar o cabelo, corte o cabelo.
Mas faça isso porque lá dentro do seu coração você sente que deseja isso. Faça isso por vontade própria. Não porque fulano disse que pra ser uma mulher de negócios você tem que fazer tal coisa.
Você não tem que absolutamente nada.
Então faça suas escolhas de forma intencional pra sua marca, mas sobretudo respeite a sua identidade.
Lembra disso, um beijo.
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