Tempo é dinheiro! E se você é como eu, que tem pavor de retrabalho, tá mais que na hora de adotar o briefing pra sua vida e ter muito mais êxito nas suas demandas.
Escrevia briefings antes mesmo de saber o que significavam. É uma palavra fácil, gostosa de falar. Percebi que comecei a falar tanto em briefing no escritório, que sem mais nem menos as minhas colegas começaram a nomear como briefing coisas que nem eram briefings. Achava engraçado, e nem as corrigia.
Saindo um pouco desse termo técnico e cheio de nunces, o briefing nada mais é do que um compilado de informações para executar um projeto. Um resumão que vai detalhar sua demanda com maior exatidão. Nele você vai explanar informações altamente relevantes para executar determinada tarefa.
E se você não costuma dar muita importância para esse processo, ou desconhece o mesmo, vou te explicar melhor - com fatos - que seu negócio só tem a ganhar adotando essa lindeza.
Por experiência própria, e ao longo dessa jornada com o marketing digital, constatei que o resultado de uma campanha - por mais simples que fosse - dependia também da elaboração de um briefing bem estruturado.
Quanto a isso não há duvidas.
Eu comecei a perceber que o briefing maximizava as chances de tudo sair como eu esperava. Logo eu, mulher - espírito controlador - vendo tudo sair como eu tinha imaginado? Me sentia no paraíso!
O resultado era sempre o mesmo: Eu mandava o briefing e recebia exatamente aquilo que eu estava esperando. Quanto mais eu detalhava, mais o resultado assemelhava-se ao que eu tinha idealizado.
Pra ficar mais fácil, explanei dois exemplos - com base na minha vivência no Segmento do Varejo de Moda - pra vocês entenderem melhor como funciona esse processo e quais pontos eu julgo mais relevantes estarem presentes no briefing.
LEMBRANDO: Eu cito a Moda por uma questão de vivência, mas esse processo pode ser usado em diversas situações na sua empresa. E sério, depois que você começa a aplicar e ver os resultados, vai virar um vício. E quando você perceber, vai estar usando o nome briefing que nem as minhas colegas. Nomeando como briefing coisas que nem são briefings.
Vamos aos exemplos?
Exemplo 1:
Vou contratar uma influenciadora para visitar minha empresa e divulgar meus produtos.
1. ONDE/QUANDO: Se você não vai acompanhar o trabalho do profissional que contratou, é importante que seus funcionários estejam a par da situação. Ter alguém responsável por responder pela empresa e que possa resolver eventuais problemas, é imprescindível.
2. O QUE: Tópico importante e extremamente relevante. Pergunte-se: O que eu quero mostrar aos meus clientes? Bem, se estou com estoque cheio de peças da promoção. Porque não fazer um ação direcionada à esse produto? Ou, se o foco do momento é Coleção Outono/Inverno porque não criar um quadro mostrando Opções de Looks para Curtir a Estação? Pense nas necessidades da sua empresa naquele momento, e ajuste-as de acordo com o profissional que você vai trabalhar.
3. COMO: Ao longo do tempo, com a pressão e a alta demanda, eu precisava minimizar os erros. Então NÃO, eu não achava exagero listar COMO eu gostaria que determinados trabalhos fossem executados. Qual o intuito da campanha? Quais frases precisam ser frisadas? Quantos vídeos direcionados para stories eu preciso? É necessário mencionar o endereço da loja? O horário de atendimento? Além dos vídeos, preciso de fotos? Quantos looks serão mostrados? É necessário uma apresentação da nova influenciadora? Boomerangs?
Parece besteira, mas o Briefing facilitava não só a minha vida, mas a do profissional contratado. Pois ao chegar no local indicado, ele sabia exatamente o que fazer. Quais produtos mostrar, que material gravar, o que frisar. Tudo ficava muito mais fácil.
Eu não podava a individualidade do profissional, eu mostrava os caminhos de COMO eu gostaria de a ação acontecesse, e ele adicionava sua originalidade, conhecimento e estilo.
Vamos ao próximo?
Exemplo 2:
Vou contratar um Videomaker para gravar um Vídeo Promocional de um Lançamento de Coleção.
1. ONDE/QUANDO: É importante ressaltar os cuidados com as campanhas externas. Busque trabalhar em horários em que o sol está mais fraco, e em locais previamente conhecidos. O deslocamento está incluso no cachê? Estabeleça essas questões com antecedência com toda a equipe envolvida para evitar imprevistos.
2. O QUE: Campanhas importantes, como as que antecedem uma troca de coleção, exigem foco na PERSONA do negócio. Aqui eu costumo dar atenção à aspectos de personalidade e life style. Pense na trilha sonora, nos gestos, no humor, na composição. E atrelado à isso, pense no significado da campanha como um todo.
3. COMO: Sempre prezei pela praticidade nas campanhas que produzi. Jogo rápido, sem enrolação. Serão necessários takes de corpo todo? Mais focados nas peças? Espontâneos? Em que formatos? 1x1 - para feed - ou 9x16 - para stories? O vídeo vai ter uma pegada mais conceitual, ou com foco total no produto?
É importante que tudo fique bem esclarecido.
O mesmo vale se você vai trabalhar com modelos, fotógrafos, assistentes de produção. Todos os profissionais devem estar alinhados com o intuito da campanha, e compreenderem exatamente seu papel na mesma.
De modo geral, briefings podem ser aplicados em infinitas situações, sempre que você quiser comunicar sua idéia com maior exatidão. Esse processo é extremamente facilitador e benéfico para sua empresa alcançar excelência.
E aí, bora brifar?
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